sábado, 28 de fevereiro de 2009

Começo, meio e fim...

Eu hoje fiquei meio sensível de mais, meio fora de base pra um descendente? Temos fama de durões por causa da guerra, por passar no vestibular, por não desistir tão fácil? Sei lá...Isso foi construído por muita história, história mesmo com h, mas sempre foi aquela estória, com e, de homens baixinhos e valentes pra xúxú. Isso enche o saco....além de ser macho no Brasil ainda tem que sou descendente.

Aí, dia de aniversário, nada pra fazer, sem festa, família longe, amigos longe, fui dormir à tarde, depois do almoço. Curioso o sonho que eu tive: eu estava no cemitério, acompanhando alguém, uma mulher que visitava os túmulos de seus próprios parentes, não sei quem era ela, mas coincidentemente o mesmo cemitério da minha família, e por acaso o túmulo deles era na fileira da frente do túmulo da minha família. Estávamos, por tanto, de costas para os Kimura, aonde estão meus avós e meu tio, filho deles, irmão de minha mãe. Virei-me então, como se lembrasse dos meus e vi que o túmulo havia sido violado, me exaltei e não lembro se soltei um grito, mas imediatamente a mulher que me acompanhava começou a gritar e eu sem tanta certeza que o túmulo violado era o da minha família, comecei a procurar nas fileiras paralelas seguintes o túmulo da minha família, duas a três fileiras depois encontrei, lá estáva, KIMURA em letras de cobre intactas. Ajoelhei-me, estava de boné, a aba do boné tocou o mármore, e eu comecei a chorar, abracei o túmulo e adormeci do sonho e voltei pra realidade, antes senti as mãos de meu tio, falecido no ano passado, nos meus ombros ou na minha cabeça.

Acordei chorando e pensei...."Vocês estão aqui".

Levantei, um calor abafado no quarto, porta fechada, sol de rachar na janela, vim escrever aqui com a lembrança de que tudo tem uma origem.

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