terça-feira, 14 de julho de 2009

Caricatura da dor


Em busca da dor visível, que apaga, que passa. Essa dor que não fica e que ameniza. Distante da retratável. Ninguém sabe da existência dela, ela é muda, profunda e não passa, mas é outra, incorrigível. O que não se vê mostra tudo pelo incompreensível aos olhos nús. Tudo fica claro quando vem a tona e é tarde. Ninguém vê o que se esfrega na cara, é muito perto. Agora fica fácil se entender, aos olhos de quem não viveu estará sempre no imaginário, aos olhos de quem viveu acabou, passou, mas deixou a sua marca. Bela pela sua aspereza. Imcompreensível para quem não sente e não vê. Julgável para quem vê apenas a parte que interessa. Foice.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Começo, meio e fim...

Eu hoje fiquei meio sensível de mais, meio fora de base pra um descendente? Temos fama de durões por causa da guerra, por passar no vestibular, por não desistir tão fácil? Sei lá...Isso foi construído por muita história, história mesmo com h, mas sempre foi aquela estória, com e, de homens baixinhos e valentes pra xúxú. Isso enche o saco....além de ser macho no Brasil ainda tem que sou descendente.

Aí, dia de aniversário, nada pra fazer, sem festa, família longe, amigos longe, fui dormir à tarde, depois do almoço. Curioso o sonho que eu tive: eu estava no cemitério, acompanhando alguém, uma mulher que visitava os túmulos de seus próprios parentes, não sei quem era ela, mas coincidentemente o mesmo cemitério da minha família, e por acaso o túmulo deles era na fileira da frente do túmulo da minha família. Estávamos, por tanto, de costas para os Kimura, aonde estão meus avós e meu tio, filho deles, irmão de minha mãe. Virei-me então, como se lembrasse dos meus e vi que o túmulo havia sido violado, me exaltei e não lembro se soltei um grito, mas imediatamente a mulher que me acompanhava começou a gritar e eu sem tanta certeza que o túmulo violado era o da minha família, comecei a procurar nas fileiras paralelas seguintes o túmulo da minha família, duas a três fileiras depois encontrei, lá estáva, KIMURA em letras de cobre intactas. Ajoelhei-me, estava de boné, a aba do boné tocou o mármore, e eu comecei a chorar, abracei o túmulo e adormeci do sonho e voltei pra realidade, antes senti as mãos de meu tio, falecido no ano passado, nos meus ombros ou na minha cabeça.

Acordei chorando e pensei...."Vocês estão aqui".

Levantei, um calor abafado no quarto, porta fechada, sol de rachar na janela, vim escrever aqui com a lembrança de que tudo tem uma origem.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Camaleão de Fogo



Não sei se é comum postarem o motivo das pessoas estarem fazendo um blog, nem me interessa, nem eu sei porque estou criando isso. Visitei poucos blogs, alguns são de grupos de amigos, outros são de pessoas falando sobre si mesmas, como disse nao visitei muitos, nem tive saco de ler tudo que foi escrito na maioria deles.

A impressao que tenho é que existe uma certa prepotência de alguns blogueiros em estarem escrevendo como se fossem grandes escritores, outros, ao contrário, escrevem intimisticamente, pra si mesmos, mas nao sei então pra que escrever em uma coisa pública. Bom, cada um é cada um....

E eu? Pra que? Será que o Camaleão se mimetisa com o fogo?

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